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Vem cá, vamos falar sobre dar a volta por cima

  • Foto do escritor: Angeline Kremer Grando
    Angeline Kremer Grando
  • 1 de abr. de 2018
  • 3 min de leitura

Atualizado: 11 de abr. de 2018


OUÇA COM A MINHA VOZ E COM A MINHA EMOÇÃO: https://www.spreaker.com/user/10524412/depressao


2017 foi um ano em que eu lamentei viver, literalmente – ou não, se o ponto de vista for o amadurecimento emocional.


Mas enfim, uma depressão encontrou terreno fértil pra se instalar dentro de mim. Fértil porque minha mãe quase morreu em 2017, fértil porque eu enxerguei a loucura me olhar dentro dos olhos, e gente, isso é capaz de te tirar a sanidade.


Fértil porque abrupta e dolorosamente, decepções romperam os mais profundos laços de confiança, e gente, isso foi difícil.


(Curtam esse som, ele foi a trilha sonora).


https://www.youtube.com/watch?v=OC9-QHOlLns&list=RDOC9-QHOlLns

Ainda, para agravar a situação, problemas financeiros vieram como danos colaterais.


Pra enfrentar tudo eu precisei de químicos, obviamente. Remédio para dormir, remédio para ansiedade, remédio para picos de ansiedade, remédios para que os remédios que tu toma não interrompam tua capacidade de urinar, remédios para despertar quando necessário para trabalhar. No meio disso eu esquecia de comer, eu só me concentrava em aguentar até minhas férias chegarem (porque meu trabalho é o combustível da minha vida, e eu queria deixar ele a salvo).


Os remédios para dormir me ajudaram muito nesse período.


2017 me tirou 17 quilos (e gente, eu preferia estar com minhas bochechinhas estufadas do que passar por isso).


E agora eu quero falar de forma bem prática: como eu saí dessa merda sem fim?


Não leia isso com filtros de desprezo por frases clichês, porque às vezes é só isso mesmo: pra sair da depressão a gente realmente precisa querer. Pra mim depressão é como um vício, e no fundo a gente se agarra nela, se acostuma com ela e se nega a lutar contra. Então OK, é preciso querer.


Depois, é preciso que tu se proponha a fazer algo. Meu primeiro passo pra sair da depressão foi ir em um grupo de estudos budistas maravilhoso que tem aqui na minha cidade, reuniões que sempre representaram pontos de virada na minha vida.


E de fato, ir nesses encontros me fez começar a aceitar que coisas acontecem porque tem que acontecer, e tudo certo.


Em 20 de dezembro minhas férias chegaram, e elas foram importantes pra que eu começasse a cuidar de mim, era só o que importava naquele momento.


E depois gente... depois eu me propus a quebrar rotinas pesadas.


Por exemplo, eu ia achar um enterro passar a virada de 2018 como todos os anos, então eu aceitei um convite e fui pra praia com umas pessoas muito geniais, heterogêneas e NOVAS, algumas até então desconhecidas.


São essas atitudes que definem a rapidez com que tu vai dar a volta por cima.


E obviamente, se tu tropeçar em uma paixãozinha no meio disso, cá entre nós, ajuda também hahaha.


Além disso, a gente precisa de uma meta, um desafio grande o suficiente que te faça desviar a atenção do que te incomoda. Como virar fitness pra mim é impossível hahahaha, eu foquei no autoconhecimento – corpo, alma e espírito.

Foi essa busca que me libertou; e eu lembro do dia em que eu senti isso, ouvindo a música Clareou do Diogo Nogueira (¹eu tenho foto chorando, emocionada, vou postar pra vocês); (²ouçam essa música).


E quando a coisa engrena minha gente, SÓ VAI e foi, e eu tô aqui.


Em 2018 completei 26 anos, e precisava ser o aniversário de uma mulher muito poderosa, eu queria comemorar minha liberdade pessoal – e assim foi.

Reuni alguns dos meus melhores amigos no Valen Bar, um lugar com atmosfera sensual que tem em Porto Alegre, onde streaps (um tanto vergonha alheia, confesso), cervejas, risadas e abraços quentes e gostosos, me fizeram a mulher mais feliz do mundo – eu comemorei como merecia, de todas as formas que eu queria.


(olhem mais fotos no instagram @angelinekremer)


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E passou gente, tudo passa.


(Um dia posso contar sobre o convite, a temática e o motivo que eu escolhi ela, mas isso fica pra outro texto ok? Hahahaha)


OBS: Sair da depressão é bem mais complexo do que esse texto possui capacidade de revelar. Mas o intuito dele é mostrar que existe como, e que depois que passa, fica simples o suficiente pra ser resumido.


Se quiserem conversar sobre, mandem e-mail pro leona.underground@gmail.com, vou buscar responder todos os contatos, sempre, porque eu sou movida a trocas.





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© 2018 by Angeline Kremer Grando.

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